~~~ PENAR ~~~

A pena quando pluma, baila e leve oscila.

Qual gota de orvalho do Poetinha, brilha.

Mas a pena pode ser bruta, solidão...

Como na folha de E. E. Cumings, vindo ao chão.

A pena que apena, se injusta, é de dar pena.

Mas se colorida e vestindo a seriema,

a pena se traduz por outros teoremas...

Nem Tales, nem Pitágoras metem a pena!

Aqui vencendo empenas, lá galgando muros,

a pena faz como Nietzsche e seu não futuro....

Flutua livre por aí, na imensidão.

Dentre todas essas penas, afasto apenas,

ver de meus braços, distraída, ir-se Helena.

Cavalo de Tróia a penar no coração!

*em inteiração ao soneto O VENTO E A PENA de Poeta Carioca.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 23/11/2017
Código do texto: T6179841
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