AREIA MOVEDIÇA

Os olhos buscam ver o que tua mente cria

Conquanto ilusão, esta te satisfaria

Até que despertes ante a claridade

Ou,mesmo,densa treva da realidade

As mãos vão tateando a topografia

As muitas impressões de todos os dias

Palavras e terrenos,vária é a densidade

A cada intervenção,alguma instabilidade

A matéria,sob o verniz,continua tendo

A mesma propriedade com que foi formada

Livre da ótica de quem a está vendo

A dor ainda é dor, mesmo não divulgada

Enquanto teu edifício segue se movendo

Corres apressado àquilo que é nada.