Minha Solitária Rua

Não acorda mais sonhos dentro

indiferente deixa-se voar ao vento

perdida não me concentro

não sei se mudo de rua ou o rumo do vento.

Disfarço minha tristeza

tento uma saída, quem sabe uma poesia.

Maldita rua, fica pé na dura certeza

não lê minha oferta, minha doce carícia.

Parceira de tantos anos, encantos

hoje passa passos ocos, ouvidos moucos

não pensa mais comigo nos bancos.

Deserta de mim, presa nas raízes

tento a última jogada, preces a lua ou morro ,

neste hoje jardim de lágrimas e cruzes.

22/08/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 23/08/2007
Código do texto: T619576