Uma viagem ao interior.

As vezes me pego perdido em meio a teia,

De pensamentos que os sentidos enleia.

Onde se confundem a viagem e o viajor.

Onde o ser do querer se torna pensador.

Onde ditos amigos somem-se na areia,

De interesses que o philéo ata na peia.

Que o ter se faz visto mestre e senhor.

Amigos de ninguém, só o orgulho é altor.

E neste viajo ao meu solitário interior.

Eu rio e choro, no amassamento da obreia.

Ao mesmo tempo sou massa e amassador.

Transformado e transformador luz e candeia.

Que se alimenta do Espirito consolador.

Que pra vida que é ouro na bateia, pão pra ceia.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/12/2017
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