INTROSPECÇÃO

O medo paralisa a tentativa;

Mantendo em seu refúgio algum segredo,

Esconde certa culpa qual verdade,

Então ninguém sabendo o seu defeito.

A vida assim vivida em defensiva,

Que o espírito encobre em seu enredo,

É apenas o passado, veleidade

Que até os versos mentem por despeito!

Maior ardor, alquímica redoma,

Certeza é o tempo que esvanece, mata

Com a mesma rapidez que passa o instante...

Decerto a poesia que me toma

Jamais pretenda ser aristocrata

Por ser de fidalguia angustiante!

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 27/12/2017
Código do texto: T6209741
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