CAÇADA

Quantas partes de teu corpo abrir

Os espantosos tantos tons de rosa

Morto menino quando a descobrir

Um feito homem do gozo desposa

Dos movimentos sempre a repetir

O ato reto a trama carinhosa

e do pecado que eu não quis ouvir

sorver dos poros seiva milagrosa

Escuro cego nas pontas dos dedos

reconhecendo, há sim mais beleza

Ao cheiro, ao sabor e nos segredos

na leve sucessão de sutilezas

que morrem os demônios e os medos

e o predador descobre ser a presa

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 03/01/2018
Reeditado em 25/11/2021
Código do texto: T6215939
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