MINHA MORADA
Vou construir minha morada lá no alto
Onde as estrelas me esperam no caminho
Vou chegar mais perto e fazer o meu ninho
Bem pertinho do céu, longe do atalho.
Quero ouvir o canto dos ventos em desconserto
Da sonora de um sabiá ingenuo
Quero ver o sol rompendo ao longo da lagoa
Aquecendo o frio num corpo sozinho.
Minha morada simples, no chão de terra
Numa velha rede descansando
Que a luz do lampião a luminar.
Na esperança de uma noite que vem
Do amor para matar a minha sede
Pela porta virá entrar alguém.