Soneto III- Passarinho carente

Olha lá, o passarinho à voejar

Se apluma com toda venustidade

Carrega em si um lírico entoar

Que canta com toda a pureza da cordialidade.

Volitava em meio às grandes árvores

Buscava uma paixão no vento

Coração alado, buscava um pé-de-alferes

Tudo para dar fim ao desalento.

Da solidão que o tem perpetuado

Já não identifica mais a carência

Será que um dia enamorado estará?

Viveu por primaveras extenuado

Conseguiu extrair a decadência

Para quem sabe um dia no amor prosperar.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 18/01/2018
Código do texto: T6229758
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.