PELO TRONO DE ONASSIS.

Na fumaça escura oriunda de um incêndio,

Viajavam por ela os sonhos já devastados,

Das pessoas sempre privadas de alguém,

Refratárias de uma solidão nunca superada.

Esta combustão começou muito alienada,

Mas depois foi tomando cunho socialista,

E já destruía da vida suntuosas estradas,

Ao sonegar para o amanhã possíveis pistas.

Era como fossem da sina mera cambista,

Ou um traficante das incontáveis ilusões,

Apoiado num eterno mal que lhe assiste.

O sonho é revogar este anseio de consumo,

E retomar as lutas pelo trono de Onassis,

Nesta vida ingrata que só tem levado fumo.

PUBLICADO NO FACE EM, 28/01/2012