SONETO DA CANTIGA

Eu nunca canto a dor, o pranto,

Nunca canto o lamento, o vazio,

Faço do teu tesão meu acalanto,

Nas noites que canto teus cios.

São cantigas cheias de encantos,

De prazeres, sussurros, arrepios,

De sedução tão mais, tão quanto,

Orgasmos acendendo os pavios.

Eu nunca canto o pranto, a dor,

Nunca canto o vazio, o lamento,

Canto a doçura do nosso amor.

São cantigas cheias de encantos,

Tatuados em todos os momentos

Divinos e sapecas... quase santos.