AOS TOGADOS DA POESIA
Tenho que falar em blandícias
Dos leitos pérfidos e impudentes
E dos amores em ilibadas malícias
Nas falácias ditas entre dentes.
Com o cinzel gravo na pederneira:
Catadupas que vertem insipiência!
Litigo com os togados da poesia:
A impudência leva-me a primazia?
Não quero as rimas aviltar
Não as quero contenciosas
E nem que se tornem como irrisão.
Não quero a poesia para prevaricar
Mas seja como árias melodiosas
Que faça relevante o amor no coração.