TEMPO DE SORTILÉGIO * Ousadia

A memória rompeu o negrume

e chegou com as vestes do mito.

É História nas lendas que assume

um Passado a querer-se interdito.

São imagens dos tempos perdidos?

São palavras ou ecos vadios

que martelam os nossos ouvidos,

alta noite, a carpir desvarios?

Somos isto: um alforge pesado,

carregado de angústias e medos

ou a herança do Pégaso alado

que cantaram os velhos aedos?

Que com Pégaso ousemos os astros

e os vindouros nos sigam os rastros!...

José-Augusto de Carvalho

Alentejo, 13 de Fevereiro de 2018.

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 14/02/2018
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