EFÊMERO PASSAGEIRO DO TEMPO

Por onde andas poeta?

- Eu passo e finges não me vê.

Ando bem colado em linha reta.

- Não importa, já é amanhecer...

O dia em si poeta, é vanguarda seu nome.

- Sou passageiro, vivo apenas passando.

Oh! Não entendes a minha mortífera fome.

- O tempo é que vai te mastigando...

Tudo tem seu limite, seu chegar

Como andarilho sem pressa

Carta que chega sem remessa,

É um dizer de tanto verbo calar

Que a vida nunca que me impeça

De ser ator sem papel de uma peça.

João Pessoa-PB, 16.02.2018

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 16/02/2018
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