Ela não se chamava Maria

Mãos brutas na pele da moça

Um corpo tatuado à força

Minutos de puro silêncio

Arcabouço e pulmão comprimidos

Orgulho e carne em pedaços

No ermo apenas soluços

O óbito exalando vida

"Sem espelhos... Estou despida..."

O tempo, a droga da hora

De cura pouco sabe

Te alucina mas não te melhora.

Quando aprender pressupõe memória

Eu lembrei de esquecer a dor,

Fiz remédio da minha história!

Dandara Santos
Enviado por Dandara Santos em 16/02/2018
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