NÃO ERA CANTO DE COTOVIA

Ouço ao longe um suave trinado
Um som de harpa flutuava no ar
Me aproximo com muito cuidado
Se é um sonho, eu não quero acordar

De perto um grata surpresa, com certeza
Não era um canário, tampouco cotovia
A ninfa cantava, um instante de rara beleza
Canto tão suave, como há muito já não via

A harpa era delicadamente dedilhada
Por um fauno tão lânguido e moreno
Uma cena tão lírica, eu estava encantada

Uma luz forte, uma voz e um sobressalto
Minha mãe me sacudia e chamava, eu acordei
Ah! Era mesmo um sonho, que pena, suspirei
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 04/03/2018
Reeditado em 04/03/2018
Código do texto: T6270949
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