Dueto

Há noites mais compridas, do que, de costume,

Nas quais, o sono foge da gente,

Então, vem à solidão sem perfume,

E o galo, não canta contente.

Nessas noites, as horas passam devagar,

E a imaginação transforma tudo;

Transforma a cama em mar;

Transforma o sonho, em criado mudo.

Nesta noite, escrevo este soneto,

Mostrando, como ela é importante,

E a convidando, para um dueto;

Para fazer ninar, meu sono errante.

Quando a noite é encantada, logo o galo canta;

Logo a aurora chega, e tudo desencanta.

Gilmar Queiroz
Enviado por Gilmar Queiroz em 28/08/2007
Reeditado em 31/08/2007
Código do texto: T627213
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