Metáfase


Meu eu, ocupa num ritmo templário.
Entre a matéria, o etéreo e o espaço,
Sou visível, até certo minuto hilário,
Minhas dúvidas são o meu salário.

Se durmo, o acordar me transporta
Uma realidade do meu inconsciente,
Contudo certamente sou intransigente,
O temporário tempo me incomoda.

Sou um seleto de gerações e linhagem
Se, não viver eternamente, o tempo mente?
Raciocínio excessivo sem bagagem!

Alguma filosofia ou uma visão óptica
Faz-me pensar que estou esquecido
No limbo de uma eternidade microscópica.