. . .Quem me dera. . .
Quem me dera poder chorar minhas amarguras,
Lavar a alma banhada de lágrimas tão sinceras;
No rosto límpido a face de um Anjo de candura.
No corpo, lavas de um Vulcão em vísceras.
Quem me dera sufocar cada palavra,
Numa harmonia de Sonetos miseráveis;
Não lhe falei: que o amor foi a minha desgraça?
Feito uma quimera rugindo seus lamentos.
Quem me dera pensar com razão;
E na glória de paixões e lascívias carnais,
Absintaria o meu crédulo Coração.
Quem me dera abster-me do Sepulcro,
Um espírito que transcende imutável;
Duma vida sacrificada, por um amor tão Puro.