DESESPERO

Vivo desesperado, nada espero,

Sei que não há para mim mais esperança.

Assim chorando vivo como criança,

Se não posso querer-te, nada quero.

E é por isso que então me desespero,

Pois desespero é dor, que em mim avança.

Foram se os tempos bons e de bonança,

Felicidade amor restou-me zero.

Se hoje com esta dor não me acostumo,

Viver só de tristeza é meu destino

Em dor e solidão que me consumo.

Na vida que sem sabor, que sem tempero,

É vida que conduz-me ao desatino,

Acabrunhado nesse desespero.

CEZARIO PARDO
Enviado por CEZARIO PARDO em 14/03/2018
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