PROFANO
Quiçá flor bela formosa, a mais pura de Samira,
Cuja fragrância exala por campos em suave Mirra.
A mais adorada exótica flor, pura e febril;
Com pétalas em orvalho em gotas de Luxúria.
Cintila no pomar dos meus desejos,
Carrego-te no peito como possessão diabólica.
Expurgo-me do pecado em seus beijos;
Não me condene ao holocausto do Inferno.
Antes de Flor... Eu fui um anjo;
Com as asas resplandecia um amor Inglório.
Nos seus braços de pecado, fogo eu abranjo.
Não vivo mais... Nem no céu e nem no inferno,
Uma imaculada, dantes flor e doce anjo;
Hoje, uma brisa fina, dum toque frio e eterno.