Ozymandias IV

Um olhar, como o de alguém abatido,

parece não acreditar. De sua realeza

já passou a glória, seu tempo é ido

e de sua majestade fugiu a beleza

Ao largo, partes de tronco e pernas

Partidas, num melancólico fim

De quem quisera em glórias eternas

Resta um legado de ruínas, assim!

Mas, a letra na pedra ainda ressoa

Sou Ozymandias! Olhem poderosos

e chorem, esta é minha obra e coroa

E nada resta, além de ruína mostrada,

E como miragem de horizontes ociosos

A epifania da volta desejada

Quinho Barreto
Enviado por Quinho Barreto em 17/03/2018
Código do texto: T6282726
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