Insaciável
Cantava nos pátios e nas casernas
No vento austral que apaga lanternas
Na ocasião do sonho execrável
Retorcia na cama músculo memorável.
No olho garço a sangrar nas cavernas
Na ruiva mancha das espectrais ternas
Da alma grave o som de um maleável
Da pugna ao sangramento execrável.
No rosto a chorar a morte da megera
Como numa fuga de terrível pantera
Lasso amor de mulher lívida e insaciável.
Aurora rele neste vestido que exagera
Na lenta mordida avança onde impera
Nos lábios esfregados na dor estável.
DR PAVLOV