A podridão que habita o cemitério

A podridão que habita o cemitério

A mal cheirosa face de um esqueleto

Armou eterna casa em meu soneto

Fez de minha alma um fúnebre necrotério

E neste mundo desolado e preto

Silencioso feito um monastério

Na sepulcral bandeira de um império

Que faz do meu passado obsoleto

E aqueles que leem o meu poema

Não podem ver a margem do problema

Não sabem quantas lágrimas rolaram

Não sentem a amargura de minha alma

E lendo estes versos batem palmas

E saúdam as dores que me deformaram

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 24/03/2018
Reeditado em 25/03/2018
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