Flâmula

Quisera eu ser tenro como um corvo

Que antempo vem dizer-nos: da morte;

Ao redor dos traços pérfidos do algoro

Delírios que causa na carne um corte.

Essa flâmula ardente, é a minha prece,

Deusa das Sombras que viaja na noite

Beija à escuridão em sua alma enaltece;

Sussuros de vozes, agonizando.

Seja pela beleza de uma rosa vermelha,

Ou pelo frio num corpo já desfalecido;

Olhos fechados e nenhuma centelha.

Do céu um fogo flamejante, assustador,

Verás a dura profecia sendo cumprida

Um caos apocalíptico e arrebatador.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 17/04/2018
Código do texto: T6311403
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