SONETO DE CULPA

A culpa é para mim sombra

Que no escuro me habita

Na angustia jamais dita

Do meu eu que me escombra

No horror que me assombra

Ah! a culpa tão maldita

No clarão que se limita

Ao negror de minha sombra

Esta culpa que me segue

Que me é; me tem inteira

Me consome pela beira

E no fim não tem quem negue

Que a culpa, a traiçoeira

Faz-se em sombra companheira.

A Neves
Enviado por A Neves em 21/04/2018
Código do texto: T6314604
Classificação de conteúdo: seguro