ENFIM LIVRE

Se me perguntasses se te amo ainda

Eu não poderia esconder a verdade,

O meu olhar me denuncia na saudade

E tenho querer enfermo que não finda.

Estou agastado, pois não há reciprocidade.

Preciso me curar deste amor doentio

Que me causa febre e grande calafrio.

Preciso despertar para esta realidade!

A tua indiferença me causava arrepios

E as desculpas eram tão esfarrapadas.

Tua voz, entre dentes, soava como mios.

Antes, amor de verdade, como fingia!

E me dava por amor mentiras empanadas.

Como fui cego e tolo! Ver não queria!