Soturno

Meu Céu não é Azul, está enegrecido

Nuvens densas, chorando Tempestade,

Inverno incessantemente, absorvido.

Dum eclipse raro, meu Sol entristecido.

Ouvi o brado forte da voz dum Anjo;

Senti por dentro estremecer, chorei.

Lágrimas abrandaram em desarranjo,

Submersa pela imensidão que Eu criei.

Não há Lua... Estrelas, só amargo Ópio.

Dia parecendo noite, a Noite sendo Dia,

O incensário dum fogo Soturno do ócio.

Sou Terra sem vida, sou luz sem brilho;

Um brio ofuscado na face da Hipocrisia

Lamúrias da morte, foi meu empecilho.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 22/04/2018
Código do texto: T6316276
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