Dor Latente

Dói, essa Dor consome meus ossos

Feito ferrugem corroendo o alumínio;

Todos os dias, choram os meus Olhos...

Ardente febre, Doença do teu domínio.

Dói o dia todo... ao findar da Tarde,

Quando a Noite chega, dói mais ainda...

O vento frio, a chuva de inverno invade;

É uma dor latente, crucia-me, infinda.

O silêncio gritante, estridente n'alma

Presos, inauditos dum estardalhaço...

Num aperto penoso, nada me acalma.

Nostalgia duma ilusão de paraíso;

Refugiada nesse intrínseco labirinto

Estranhando a afeição do teu sorriso.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 23/04/2018
Código do texto: T6316538
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