A Cigarra

A cigarra ao deixar o exoesqueleto,

Agarrado na casca da madeira,

Ensaia uma sonata de maneira

Compreendida apenas no idioleto.

Para construir, quem sabe, um dueto,

Teria que arranjar uma companheira,

Que pudesse cantar a noite inteira,

Compondo assim um novo minueto.

Pensam alguns que a exúvia é mortalha,

Que a cigarra cantara até morrer,

Que a vida é feita para quem trabalha.

Não vamos tanto a terra nem ao mar,

Ao escravo ninguém vai socorrer,

Eu prefiro, viver, beber, cantar.

Aracaju - Sergipe, 23/ 04/ 2018

PS.: não percam na sequência, neste mesmohorário e batcanal o Conto

O Baile de Máscaras, oude eu conto ...

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 28/04/2018
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