HÁ UMA SAÍDA

Sou dentro da mente um atleta

Porque alcancei a palavra que fugia.

Sou apenas um simples poeta

Exercitando as palavras do dia a dia.

Salto todos os obstáculos pungentes

Colocados à frente por certas gentes

E dão-nos palavras cheias de blandícias,

Na “beleza” de intrigas, reles carícias...

Levanto o peso de palavras frias

Como me custaram!... E tu te rias

E com um abraço-amigo, fingias!

É-me penoso nestes vocábulos pensar,

Pois que ferem e, ao fim, podem matar.

Há uma saída, se compungido, o perdoar.