DOCE MAL


Te arrebatarei com firmeza da minha mente,
Serei um tsunami impetuoso ou seca devastadora.
Guerra atroz impiedosa, sem treguas. Te afastarei.
Jamais serei o poeta, apaixonado por sua opresora.


Que sejas mirabolante anjo que a mim veio do céu,
Bendita sejas sempre na tua pureza, e eu seria o mal?
Que sejas tentadora de pobre poeta que te viu passar,
E no limiar da tua beatitude ingênua, bem se ver és fatal.


No teu doce caminho, muitos tem ido ao pó
Como um fragmento risonho despertando amores,
Um ligamento da terra ao céu, ou simples imbuste?


Que precisa imediatamente de mim ser extirpado
Para que no teu bem em busca talvez de louvores,
Sejas como outras que nem a todos a morte pálida urge.


Salvador, verão de 2018.
Barret.