Minha morte é a companheira constante
Que desde que me sei, sempre a vi aqui,
Como uma parceira, ou inimiga amante,
Que nasceu no mesmo dia em que nasci.
 
Amigos tive, e alguns talvez me amaram.
A felicidade veio, e esta também passou;
Os parentes e as mulheres me deixaram,
Minha morte não, essa nunca me deixou.
 
Morrer é um casamento de papel passado
Com uma parceira, ainda que indesejada,
Mas que a vida toda esteve do nosso lado .
 
Alegre ou triste, este é o meu pensamento:
"A vida de um homem já vem condenada,
À pena de morte desde o seu nascimento."