CAMINHAR DAS HORAS

Definhava à luz do dia

à sombra das obras.

Limpava, recolhia,

restos e sobras.

A noite vagava frio,

pisava algodão.

Descobria seu brio,

aquecia seu cão.

Cabisbaixo, sem queixas...

Quem te ama, quem deixas?

Quem te chora?

Teus olhos já não têm brilho,

teu caminho não tem trilho.

Relógio da própria hora...

Ernesto Braga
Enviado por Ernesto Braga em 12/05/2018
Reeditado em 14/04/2024
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