Doce vingança
O rancor que guarda o homem comum
E no fundo do seu coração acalanta
É um veneno que cresce como uma planta
E para a qual herbicida há nenhum.
Quem guarda vingança como prato frio
E para tal se mata e se desdobra
É como um criador que cria cobra
E o arrependimento vem tardio.
Esse ser abstrato e bestial
É colheita maldita, é um mal,
E como todo mal, um perigo.
E tu chamas de doce vingança.
És um cônjuge que deita na cama.
Com quem dorme com o inimigo.