A PORTA
Não há nada mais chato do que a porta
Quando não quer abrir e, logo emperra!
Palavrão do meu peito desenterra,
Como tal cancro aberto que se aborta.
Empenada, ou talvez esteja torta!
E a chave, no seu ofício, agora erra...
Com muito sacrifício a porta encerra
Essa labuta de passar!... Quem se importa!
E quem nunca passou por uma porta!
Só se a pessoa for aquela morta
A qual a porta não tem serventia...
É sempre lenta! Ela nunca foi ágil!
Dura, espessa, grossa, nunca frágil!
A porta, inspiração desta poesia.