A PORTA

Não há nada mais chato do que a porta

Quando não quer abrir e, logo emperra!

Palavrão do meu peito desenterra,

Como tal cancro aberto que se aborta.

Empenada, ou talvez esteja torta!

E a chave, no seu ofício, agora erra...

Com muito sacrifício a porta encerra

Essa labuta de passar!... Quem se importa!

E quem nunca passou por uma porta!

Só se a pessoa for aquela morta

A qual a porta não tem serventia...

É sempre lenta! Ela nunca foi ágil!

Dura, espessa, grossa, nunca frágil!

A porta, inspiração desta poesia.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 26/05/2018
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