AMOR SEM FIM

Uma súbita tranquilidade tomou meu ser,

E, ao largo, um rio corre, para a sua foz…

Tudo é sublime e arguto, de bom parecer,

Que eu, não querendo ferir, aquietei a voz.

Contudo toda esta tranquilidade tem seu

Quê, pois que estás longe de mim agora.

E embora saiba de antemão que sou teu,

A separação torna difícil, a quem namora,

Tanto tempo sem sabermos um do outro,

Pois que me preocupo contigo doravante.

E não há desígnio, que se afigure doutro,

Senão o que é nosso: amor sem mistura,

Vivificando caminhos, de hoje em diante,

Como numa revelação que nos estrutura.

Jorge Humberto

01/09/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 02/09/2007
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