SUCULÊNCIA
SUCULÊNCIA
Entregue às tuas mãos, em sedas deito...
Do coração, em festa, um som escuto:
palpitações, legítimo tributo
à perdição que me pegou de jeito.
Um banho de quimeras aproveito
debaixo das carícias, meu reduto,
e mordo esfomeado o tenro fruto
oferecido, amor, em nosso leito!
Servido das delícias suculentas,
despejo sobre ti voracidade...
Meus lábios jorram chamas violentas!
Concedo aos meus impulsos liberdade
se dizes num olhar que vêm, sedentas,
também as tuas feras... Que vontade!