Sombras do passado...

(Ouvindo Tristesse - Milton Nascimento e Maria Rita)

https://www.youtube.com/watch?v=SPAHu7z4-Fc

Pela janela esvoaça o cortinado

no langor das tardes primaveris,

ao longe, um concerto de colibris,

no peito, o amor por ti, guardado...

Nas paredes sombras do passado

dos nossos risos, dos dias felizes

quando ainda não haviam cicatrizes

e o amor era um sonho dourado...

No quarto não há mais quem me abrace,

tudo é finito, triste desenlace

de um amor que era só felicidade...

A lágrima brota, rola pela face

e não encontro nada que disfarce

essa dolorosa e cruel saudade...

(ania)

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Obrigada poeta Jair pela magestosa interação...soneto

lindíssimo!!!

Lágrimas fatais

Sempre o cortinado na janela esvoaça,

quando as dores da saudade afligem o peito;

pois, o coração amargurado e contrafeito,

murcha, choramingando, triste então embaça.

Eis, do passado, nas paredes, avantesmas,

os quais ecoam os risos agora mortos;

que outrora foram felizes, mas hoje tortos,

carregados de luto como nas quaresmas.

No quarto não há mais calor, apenas frio,

resto daquele amor que deixou para trás,

buraco no peito e lágrimas como rio.

A lágrima rola na face e não se desfaz,

porém transforma-se num fremente arrepio,

o qual, matar nossa alma será bem capaz.

(Jair Lopes)

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Obrigada poeta Pedro Paulo pela primorosa interação!!!

Pela Janela

Pela janela vejo a vida se esvair

Pássaros no céu, poesias no papel

Nas ruas multidões a sorrir

Sonhando a vida ao léu

Na euforia do dia a dia

Tudo parece tão normal

Às vezes desejando uma boa companhia

Eis que surge um encontro casual

Nas alamedas da vida

Amores sempre vêm e vão

Alguém sempre nos estende a mão

Pela janela vejo o sol brilhar

E o meu rosto iluminar

Posso com você mais uma vez sonhar

(Pedro Paulo Costa)

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Obrigada poeta James pela magistral interação!!!

Saudade é esperança do reencontro

A vontade de seguir de onde paramos

Sentar no sofá e respirar o mesmo ar

De ouvir apenas por um instante

Sua voz impressa no coração

Tocar seu rosto que

delicadamente delineei

Repetir a alegria daqueles belos dias!

(James Assaf)