SONETO 1

Em mim um grande fogo e nós nesta chama um fim, meu Amor

Por ti que deveras sejas o apogeu dos desejos um bom Favor

Que assola todo o espírito as quimeras de angélico Calor

Sou teu prazer que por ti mesmo na cama o apogeu do Suor

Prazer delinqüente que mataria todo aflorar dos sonhos em Dolor

Porquanto, em ti sou incapaz de pecador ser se em ti sou Fiador

Pranto de desejo forte e valoroso impregna a certeza de Doador

Que em si mesmo me arrasta as delícias de teu corpo um Domador

Aflora flores do jardim carências de paixão fugaz ao pecar Humor

Sou teu assassino sou teu terrorista e me embriago no Rumor

Ó poesia que em nós finge sentimento simples ao reles Fulgor

Sou o amante que rasga tua roupa nas epopéias de tolo Rigor

Pois em te amar no flerte das trevas em si mesmo pobre Matador

Esse amor é minha ganância que deveras assente um Turpor

Aprisionado nas amarras e por amar ao inconfessável do Prior

No teu corpo de lírio do Marrocos sente no beijo teu suave Sabor

Essa é a graça a felicidade a alegria de soneto simples Rimador

Arfante quimeras de fluente rio das ganâncias do viril Flertor

Eu por ti que acode os segredos do imortal puro ó em ti Untor

Pois por teu amor eu me insurjo no flerte maldito de arte de Pintor

Sou tua obra-prima e me silênci-ei neste confesso e pobre ser Tutor

Ó donzela que amante encontra as primárias de algum Autor

Entrega o trabalho com sanguinolenta criação de pecar por Pavor

Sou o teu liberalismo sou tua insignificância sou teu sentir, Labor.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 19/06/2018
Reeditado em 19/06/2018
Código do texto: T6368704
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.