PARA QUE É DO RAMO.

A realeza e o cetro da poesia

está nas vibrações dos sonetos

em que os versos das quadras e dos tercetos

nos convidam ao deleite e acaricia.

Na cantilena quando o agudo é de fraque

sem exdrúxula, e grave usando cartola,

não tem "Deus nos acuda," é elisão na hora,

reverbera Camões, Bandeira e Bilac...

Ressuscita o "Dos Anjos" e o Parnaso

co'as rimas ricas do horizonte no ocaso

de mais bela cor que as uvas de Corinto.

É a arte pela arte; é culto de beleze

esboçada na pena à luz de sutileza

para incesto de Zeus e Hera no Olimpo.

Lobato de Andrade Iran Lobato
Enviado por Lobato de Andrade Iran Lobato em 02/07/2018
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