Decadismo
Não!... Sequer posso dizer eu que é dor
O que trago no peito. Incontinente...
Esse prazer de olhar pra toda a gente
E o desejo de não sentir calor!...
Até que um dia, assim, bem de repente
Letra por letra, sem tirar nem pôr
Meu tesão se misturou com amor
E de amor eu quis morrer, indecente!
Cheguei tarde, bem sei... Por poucos dias
Não perguntei o que de mim tu querias...
Fiquei a te contemplar e emudeci!
Tua beleza conjurou o meu pecado.
Para morrer de amor, enclausurado
Eu, perdidamente, de amor nasci!