A carne cúmplice
Descubro tua tez branca e rosada,
Teus poros se entumecem pelo frio,
N'agora, carne frouxa e relaxada,
Por onde evaporou esse teu cio.
Os teus olhos são dois velhos conhecidos,
Me dizem quando há “tal felicidade”
Em todos os teus recantos divididos
Comigo nessa tal cumplicidade.
Durmamos feitos côncavo e convexo
Como dorme o casal de andorinhas
Pois nada há melhor, depois do sexo
Do que dormir sonhando, de conchinha.
Meu Deus eu tanto rezo quanto peço:
Não deixe essa mulher de ser só minha.