Soneto I - Oh, alma minha triste e fiel

Oh, alma minha triste e fiel

que pousas neste peito amargurado.

És qual o passarinho engaiolado

que crê que está voando em pleno céu

Só tu sabes como arde o humano véu

e o coração desfeito e quebrantado

neste doce inferno delicado

onde vive e reina sempre o amor cruel

Oh, alma minha a ti peço perdão

pelo dia e pela hora tão bendita

em que vi aquela santa formosura.

Pois ao vê-la logo abri meu coração

e abrindo-lhe uma álea infinita

te traí só pra morrer de glória pura.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 22/07/2018
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