Soneto IV - Quando a doce mi'a amada vai passando

Quando a doce mi'a amada vai passando

Pelos campos esmaltados de mil flores

O mundo arrebatado já d'amores

Vendo-a vai-se logo enamorando

E no céu, anjos puros se inclinando

Vão com um bálsamo suave de odores

O ar, já influído de dulçores

De rosas e tulipas perfumando.

Quando ela fala, a noite aclara

E o vento já não quer mais suspirar

Pois ouvindo-a adormece em santa paz

E quando ela sorri o tempo pára

E o mundo também pára de girar

Tamanha é a doçura que ela traz.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 23/07/2018
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