Soneto V - Aquele fronte pura onde brilhava

Aquela fronte pura onde brilhava

Uma aura de ouro fino e delicado

De mil formosas gemas incrustado

A qual o Amor prostrado coroava

E aquele olhar divino que invejava

a Vênus em seu mais distinto estado

E o gesto e o sorriso abençoado

Que o próprio Empireo à terra transladava

E a boca cheia de pérolas e rosas

E de doces palavras celestiais

Que a todos faz tremer de maravilha

Tornaram mais bendita entre as ditosas

A minha alma, ante a luz que ardendo brilha

Cegando deuses, anjos e mortais.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 23/07/2018
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