Soneto VII - Quando atinge pela vista ao ser profundo

Quando atinge pela vista ao ser profundo

A luz eterna e viva da paixão

A alma sai do humilde coração

E deixa o corpo imóvel num segundo.

E de um milagre nasce o segundo

Que vendo o Amor tão doce rendição

Despreza o trono etéreo em compaixão

Pra encarnar no peito inda mais fundo.

Descendo sobre em mi', então, suavemente

Arrebata sentido por sentido

Até estar sozinho a contemplar-te

E tomando os lábios meus, divinamente,

Derrama um suspiro enfraquecido

Que fica a lindos anjos comparar-te.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 24/07/2018
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