Soneto XII - Basta a mais suave e simples saudação

Basta a mais suave e simples saudação

A mais sutil palavra da sua boca

O gesto mais discreto, o qual provoca

A minha alma a consumir-se de paixão.

Basta que a conduza a compaixão

A dar de nossos olhos, uma troca,

Que o próprio deus do amor meu lábio invoca

Pra arrebatar aos céus meu coração.

Basta, enfim, o mais breve dos instantes

Em que sua doce e angelica beleza

resplandeça-me em sonho ou pensamento

Que eu vôo sobre os astros cintilantes,

Caminho nas estrelas com leveza

E provo a eternidade em um momento.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 25/07/2018
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