Soneto XIV - Como quando no cálido Verão

Como quando no cálido Verão

A borboleta frágil e delicada

buscando a luz do sol, maravilhada,

Cai ardendo morta até o chão.

Desta arte o meu pobre coração

persegue a graça pura e abençoada

que inunda o doce olhar da minha amada

E quebra em dois a seta da razão.

Chegando, então, ao sol que é mais divino

Brada o deus do Amor em um lampejo

Que assusta o mais valente dos mortais:

Que seja sempre este o teu Destino:

Buscar eternamente o teu desejo

E não poder tocá-lo nunca mais.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 27/07/2018
Reeditado em 04/08/2018
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