Soneto XV - Quando eu sinto de mim ir escapando

Quando eu sinto de mim ir escapando

Os espíritos que de vós recebem vida

Pouco a pouco vejo florescida

A esperança que um dia eu vi murchando

Pois quando saem eles procurando

O bálsamo suave desta lida

Qual a sagrada Fênix renascida

Em vossos olhos vão ressuscitando

E assim nesta rara sutileza

Em que se vão subindo suavemente

Ante a vossa face amena e pura

Sobre mim desce o Amor da sua altura

Pra cantar a graça e a beleza

Que em vós impera assim tão docemente.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 27/07/2018
Código do texto: T6401720
Classificação de conteúdo: seguro