Soneto XIX - A Rosa mais formosa que amanhece

A Rosa mais formosa que amanhece

No jardim adornado de mil flores

Que mais deseja a deusa dos amores

Ao ver-te doce dama se emudece

E tomada então de amor, de amor perece

Perdendo o seu perfume e seus dulçores

E a graça e a glória e as suas cores

E tudo quanto a adorna e a enriquece.

Contempla a natureza, envergonhada,

A luz que em teus olhos vai ardendo

Criando nesta alma paz e guerra

Deuses e mortais se tornam nada

E não se encontra um que esteja crendo

Que o céu não se abaixou perante a terra.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 28/07/2018
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